Fabricantes de farinha de trigo e de milho terão 24 meses para se adequar as novas regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para fortificar o produto com ferro e ácido fólico.
Com base nas quantidades mínimas estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 100 gramas de farinha terão que ser adicionados de 4 a 9 miligramas de ferro e de 140 a 220 microgramas de ácido fólico.
Segundo a gerente substituta de pós-registro de alimentos da Anvisa, Ana Cláudia de Araújo, o ácido fólico auxilia no combate à anemia e má formação de bebês durante a gestação.
“Desde 2002 que é obrigatória a adição de terra e ácido fólico nas farinhas de trigo e de milho. No período de pós-fortificação, depois de 2002, houve uma redução significativa na prevalência de má-formação de bebês”, afirmou a gerente da Anvisa.
Na opinião da nutricionista Cristiane Coronel, a fortificação das farinhas nem sempre atinge níveis desejáveis. O ideal, nos casos em que se precisa suprir esses nutrientes, é variar na alimentação.
“Junto com essa farinha fortificada, se você tem opções de feijões ou folhas verdes escuras já vai ajudar bastante com relação a ferro e ácido fólico. Já as carnes que possuem um valor maior e, geralmente, nem todo mundo tem acesso. Essas são as melhores fontes de complexo B e também de ferro e ácido fólico”, ressaltou Cristiane Coronel.
As informações sobre a fortificação da farinha deverão constar no rótulo.
Fonte: Radioagência Nacional